Mapa da Riqueza aponta Niterói como o quinto município mais rico do Brasil
Publicação: 15/02/2023
Categorias: Notícias
Autor: Quero Morar em Niterói

Niterói, município do estado do Rio de Janeiro, é o quinto município mais rico do Brasil, segundo o Mapa da Riqueza, estudo divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV Social) em 14 de setembro de 2021. O estudo é resultado da união da base de dados do Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF) com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o Mapa da Riqueza, os municípios brasileiros com mais renda do IRPF por habitante são: Nova Lima, em Minas Gerais, Santana do Parnaíba e São Caetano do Sul, ambas em São Paulo, Florianópolis, em Santa Catarina, e Niterói, que aparece na quinta colocação.

O estudo também mostra que a desigualdade de renda no Brasil é ainda maior do que o imaginado. Isso se torna mais evidente ao observarmos o ranking dos municípios brasileiros com mais renda do IRPF, que é dominado por cidades do Sudeste e Sul do país. Já os municípios mais pobres do país estão localizados, em sua maioria, no Nordeste.

Além disso, o estudo aponta que a Unidade da Federação com a menor declaração de patrimônio por habitante é o Maranhão, com R$6.3 mil, enquanto a Unidade da Federação mais rica é o Distrito Federal, com R$3.148.

Quando observamos os dados por capitais, Florianópolis aparece em primeiro lugar no ranking das mais ricas, com R$4.215, seguida por Porto Alegre, com R$3.775, e Vitória, com R$3.736. Já as capitais mais pobres são: Palmas, com R$1.147, Macapá, com R$1.311, e Boa Vista, com R$1.364.

Por fim, o Mapa da Riqueza aponta que a concentração de riqueza é maior em regiões específicas, como é o caso da região do Lago Sul, em Brasília, onde a renda por habitante no bairro é de R$ 23.241,00, ou seja, três vezes maior do que o município mais rico do Brasil, que é Nova Lima, em Minas Gerais.

Esses dados, ainda que não possam ser utilizados para generalizações, ajudam a compreender a situação econômica do país e a desigualdade que ainda persiste. Tais informações são importantes para que as políticas públicas possam ser pensadas de forma mais efetiva e justa, buscando garantir a igualdade de oportunidades a todos os cidadãos, independentemente de sua cidade, estado ou região de origem.

Desigualdade e a pandemia: como a crise impactou a renda dos brasileiros

Em meio à crise sanitária e econômica gerada pela pandemia do Coronavírus, a desigualdade social no Brasil ganha destaque. De acordo com um estudo conduzido pela FGV Social, a mudança na desigualdade durante a pandemia não foi de queda como se acreditava, mas de um pequeno aumento.

Segundo o diretor da FGV Social, Marcelo Neri, a desigualdade se apresenta ainda mais alta quando são combinados dados do imposto de renda com as pesquisas domiciliares. Isso porque a renda dos mais ricos, revelada no imposto de renda, é mais alta do que a captada pela Pnad. Além disso, durante a pandemia, a classe média teve mais efeitos com as perdas de empregos, enquanto os mais ricos tiveram perdas menores.

O índice de Gini, utilizado para medir a desigualdade social, chegou a 0,7068 em 2020, um valor superior ao calculado apenas na Pnad Contínua. A pandemia também influenciou a desigualdade, e diferente do que se pensava, mesmo com o Auxílio Emergencial, a desigualdade não recuou durante a pandemia.

Neri destacou que as perdas da classe média foram muito maiores do que as dos mais ricos e que a renda dos mais pobres foi protegida pelo Auxílio Emergencial. A pesquisa mostrou que a classe média não teve o auxílio e não tinha renda do capital para estabilizar o choque adverso.

O estudo analisou os fluxos de renda e estoques de ativos dos mais ricos brasileiros a partir do último IRPF disponível e é útil para desenho de reformas nas políticas de impostos sobre a renda e sobre o patrimônio. Segundo Neri, a perspectiva de melhoria na desigualdade é o pagamento de um novo Bolsa Família, com um orçamento maior este ano.

Com a pandemia, as desigualdades sociais e econômicas se acentuaram, o que torna ainda mais importante o debate sobre políticas públicas para enfrentar essas desigualdades e suas consequências. A sociedade civil e o poder público precisam atuar em conjunto para garantir que a população mais vulnerável não seja ainda mais prejudicada pela crise.

FonteA Seguir

 

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