Centro de Niterói recebe Solenidade de Corpus Christi
No dia 08 de junho, Niterói se prepara para a Solenidade de Corpus Christi, que tem início com a tradicional confecção dos tapetes na Avenida Amaral Peixoto, localizada no centro da cidade. Os trabalhos começarão às 07h e têm previsão de término às 11h. As paróquias do Vicariato Niterói utilizarão 20 toneladas de sal, além de pó de café, pó de serra e xadrez para a criação dos tapetes.
A partir das 13h, os católicos fluminenses poderão visitar os tapetes e terão até às 15h para apreciar e registrar a criatividade das equipes envolvidas no evento. Após a visitação, haverá um momento de louvor. Em seguida, às 16h, terá início a Celebração Eucarística, presidida por Dom Geraldo de Paula, Bispo Auxiliar de Niterói, em um palco montado em frente à Câmara Municipal de Niterói, no início da Av. Amaral Peixoto. A procissão terá início após a Santa Missa e seguirá até o fim da Avenida, onde o Bispo dará a bênção.
Origem da Celebração
A Solenidade de Corpus Christi teve origem em 1243, na cidade de Liège, na Bélgica, no século XIII, quando a freira Juliana de Cornion teria tido visões de Cristo demonstrando-lhe o desejo de que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque.
Em 1264, o Papa Urbano IV, por meio da Bula Papal “Transiturus de hoc mundo”, estendeu a festa para toda a Igreja, solicitando a São Tomás de Aquino que preparasse as leituras e textos litúrgicos que ainda são utilizados durante a celebração. O hino “Lauda Sion Salvatorem” (Louva, ó Sião, o Salvador), composto nessa época, é cantado até hoje nas liturgias do dia pelos mais de 400 mil sacerdotes nos cinco continentes.
A procissão com a Hóstia consagrada conduzida em um ostensório é datada de 1274. Contudo, foi na época barroca que ela se tornou um grande cortejo de ação de graças.
No Brasil
No Brasil, a festa passou a integrar o calendário religioso de Brasília em 1961, quando uma pequena procissão saiu da Igreja de madeira de Santo Antônio e seguiu até a Igrejinha de Nossa Senhora de Fátima. A tradição de enfeitar as ruas surgiu em Ouro Preto, cidade histórica do interior de Minas Gerais.
A procissão lembra a caminhada do povo de Deus, que é peregrino, em busca da Terra Prometida. No Antigo Testamento, esse povo foi alimentado com maná no deserto. Hoje, ele é alimentado com o próprio Corpo de Cristo.
Durante a Missa, o celebrante consagra duas hóstias: uma é consumida e a outra é apresentada aos fiéis para adoração. Essa hóstia permanece no meio da comunidade como sinal da presença de Cristo vivo no coração de sua Igreja.
Fonte: Cidade de Niterói
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