Após nove anos em exposição, o barco que se tornou uma parte querida do Campo de São Bento, em Niterói, foi retirado. A instalação conhecida como “Águas Escondidas” chegou ao fim de sua jornada no parque, mas sua história e significado continuam a ecoar.
Uma História de Ressignificação:
Este barco, chamado “Benção de Deus VIII”, tem uma história fascinante. Construído em 1946, ele passou oito anos naufragado na Ilha da Conceição. No entanto, em fevereiro de 2014, ele foi resgatado e ressignificado como uma obra de arte. Com suas dimensões de dez metros de comprimento, três metros de largura e 2,4 metros de profundidade, o barco se tornou o “protagonista” da exposição “Área de Emergência” na I Mostra Rio de Esculturas Monumentais 2014, realizada na Praça Paris, no Centro do Rio de Janeiro.
Chamando a Atenção para a Relação da Cidade com o Mar:
Durante nove anos, essa instalação de arte esteve em exposição em frente ao Centro Cultural Paschoal Carlos Magno, no Campo de São Bento. Sua presença não passou despercebida. Mercedes Lachmann, a artista por trás da obra, tinha um objetivo claro: chamar a atenção da população para um objeto que estava fora de seu habitat natural, o mar. Através desse barco, ela desejava despertar nos transeuntes uma reflexão sobre a relação única entre a cidade e o oceano.
O barco do Campo de São Bento se tornou mais do que uma instalação artística; ele se tornou um símbolo da importância do mar na identidade de Niterói.
Ressurgindo em uma Nova Jornada:
A retirada da instalação marca o fim de uma era no Campo de São Bento, mas não o fim da história do barco. Ele será restaurado e realocado, pronto para empreender uma nova jornada que continuará a inspirar e questionar, como toda grande obra de arte deve fazer.
Fonte: Cidade de Niterói
0 comentários