O projeto de Restauração Ecológica e Inclusão Social de Niterói está prestes a entrar em uma nova fase, marcando um avanço significativo na recuperação das principais áreas de restingas da cidade. Na próxima semana, a Prefeitura de Niterói dará início à segunda fase de revegetação das praias de Itacoatiara e Camboinhas, situadas na Região Oceânica.
Iniciativa Sustentável
Desde 2019, a Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade (SMARHS) vem liderando o projeto, que visa restaurar 203,1 hectares de diversas fitofisionomias da Mata Atlântica, a maior área já recuperada na história do município. Com um investimento de R$ 2,9 milhões, financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o projeto é um marco na trajetória ambiental de Niterói.
Próximos Passos
A próxima fase focará na remoção de plantas invasoras em Itacoatiara, seguida pela mesma ação em Camboinhas. Esta etapa é considerada a mais desafiadora, pois envolve a supressão de plantas invasoras maiores e a revegetação com espécies nativas, garantindo a sustentabilidade e evitando novas invasões.
Impactos e Benefícios
Além de melhorar a qualidade ambiental das áreas envolvidas, o projeto contribui para uma Niterói mais sustentável, conforme os protocolos assinados com a Organização das Nações Unidas (ONU). Entre os benefícios estão a promoção do ecoturismo, a capacitação para futuros empregos na área de recuperação ambiental e o sequestro de carbono.
Áreas de Reflorestamento
O projeto inclui a recuperação de 30,37 hectares de vegetação nas ilhas Pai, Mãe, Menina e do Veado, localizadas no Parque Natural Municipal de Niterói (Parnit) e no Parque Estadual da Serra da Tiririca (Peset); 65,30 hectares de manguezal no entorno da Laguna de Itaipu e Piratininga; 21,16 hectares de vegetação de restinga em cinco praias (Itacoatiara, Camboinhas, Piratininga, Itaipu e Charitas); e 86,28 hectares de vegetação no Morro da Viração.
Foco nas Ilhas
A menor das ilhas na enseada de Itaipu, conhecida como Ilha da Menina, terá seu ecossistema totalmente recuperado, junto com as ilhas Pai, Mãe e do Veado. A recuperação envolverá o plantio de mudas de espécies nativas e o lançamento de um mix de sementes. Técnicos da SMARHS e um pesquisador da PUC-Rio já realizaram um diagnóstico detalhado da ilha, preparando o terreno para a reintrodução da biodiversidade.
Avaliações e Vistorias
As vistorias iniciais incluíram a análise de formações vegetais, tipos de solo, fauna e outros aspectos topográficos. A introdução de espécies nativas resistentes à seca é planejada para controlar a dominância do capim colonião e atrair fauna, aumentando a biodiversidade a longo prazo.
Com o avanço para a segunda fase, o projeto de Restauração Ecológica e Inclusão Social de Niterói reafirma seu compromisso com a sustentabilidade e a recuperação ambiental. A iniciativa não apenas restaura ecossistemas degradados, mas também promove uma série de benefícios sociais e econômicos, apontando para um futuro mais verde e sustentável para a cidade.
Fonte: Cidade de Niterói
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